Confiança do consumidor cai em outubro após duas altas seguidas, diz FGV
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) retraiu 0,3 ponto em outubro, caindo para 89,4 pontos. O indicador vinha de duas altas seguidas.
Dentre os componentes do Índice de Confiança do Consumidor, o Índice de Situação Atual (ISA) ficou com 77,4 pontos enquanto o Índice de Expectativas (IE) caiu 0,4 ponto, chegando a 98,3 pontos. A marca de 100 pontos é considerada o nível neutro para a análise.
Entre outros quesitos, se destacam o grau de otimismo com a situação econômica futura, forte influenciador para a queda na confiança, após recuar 1,5 ponto, chegando a 114,3 pontos. Além deste índice, o indicador que calcula a satisfação do consumidor sobre o momento atual da economia cresceu 0,8 ponto para 83,1 pontos. Esse é o maior patamar desde março, quando chegou a 83,5 pontos.
Confiança do consumidor mostra-se volátil
Em referência à situação financeira das famílias, o indicador que mede a avaliação deste ponto na pesquisa caiu pela segunda vez seguida. Em comparação a setembro, o indicador caiu 0,8 ponto, chegando a 72,3 pontos em outubro. Entretanto, o indicador que mede a expectativa para os próximos seis meses apresentou uma alta de 1,7 ponto, chegando a 101,1 pontos.
Além disso, a análise deste mês demonstrou uma ambiguidade entre a confiança dos consumidores divididos por faixas de renda. Os consumidores com menor poder aquisitivo (renda familiar mensal de até R$ 4,8 mil) estão menos confiantes. No entanto, a confiança dos consumidores com a renda superior a R$ 4,8 mil subiu.
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Deste modo, o maior impacto para a queda do ICC de outubro vem dos consumidores de baixa renda (de até R$ 2,1 mil), onde o índice caiu 1,5 ponto, chegando a 85,6 pontos. O estudo traz a piora das expectativas com a situação econômica do País nos próximos seis meses.
O ICC das famílias com renda alta (acima de R$ 9,6 mil), todavia, cresceu 1,6 ponto, a 94,4 pontos, elevado por um crescimento da intenção de compras de bens duráveis pelo segundo mês seguido.
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Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das sondagens da FGV, afirmou que “a avaliação sobre a situação da economia no momento atual parece ser dúbia e, por isso, os indicadores [do Índice de Confiança do Consumidor] que refletem perspectivas futuras continuam voláteis”.